sábado, 30 de abril de 2011

Michael Jordan, O Vôo De Uma Lenda


"Seus fãs o vêem como uma combinação singular de graça, velocidade, raça, força, talento e um forte desejo de competição. E não há dúvidas de que ele redefiniu o conceito de "superstar" da NBA. Esse é Michael Jordan!"

Nascido no Brooklyn, Nova York, ainda bebê se mudou para Carolina do Norte, e quando jovem se interessou por esportes, praticando futebol americano, baseball e (é claro) basquetebol. É engraçado notar que Jordan foi dispensado da equipe de basquete de sua escola por ser considerado baixo (na época tinha 1,80m), mas seu irmão, que era mais alto, ficou na equipe. Já na idade de escolher uma faculdade, optou pela Universidade da Carolina do Norte, devido a sua grande história de títulos no basquete. Vale dizer que todos eram contra, já que ele podia optar pela escola da aeronáutica, onde depois de formado já teria um emprego, e não acreditavam que Jordan teria potencial para ser um titular.
Contra tudo e todos, Jordan seguiu seu sonho, e como todos haviam dito foi posto como reserva no seu segundo ano, o que o desmotivou muito. No entanto, usando aquela mesma motivação que o tornou famoso, treinou todo o verão (período de férias) com uma meta apenas: nunca mais sentar no banco de novo. E como tal consagrou- se campeão universitário. Jordan, que escreveu o livro "Nunca Deixe de Tentar", diz que o seu segredo para atravessar esse período, como tantos outros em sua vida, foi usar "metas de curto prazo", isto é, não ter como meta imediata ser um campeão da NBA, mas ser o campeão do torneio universitário.
Em 1981, Jordan então integra a equipe do Chicago Bulls e começa uma carreira única de sucesso. Mas foi só em 84, por sua convocação para a seleção americana, que o mundo todo descobriu seu nome, sendo campeão olímpico e repetindo a proeza oito anos mais tarde. Como o atleta que foi, conquistou três campeonatos seguidos na NBA antes de trocar o basquete por baseball (seu esporte dos sonhos), mas acabou regressando para mais três títulos consecutivos na NBA. Foi eleito o jogador mais valioso por cinco temporadas, maior “cestinha” em dez, maior ladrão de bolas em três, e chegou a marcar 69 pontos em um único jogo.
Sem dúvidas um atleta único, que soube aproveitar as barreiras e dificuldades que teve como força motriz para buscar sempre mais, coisa que é sempre enfatizada pelo Coach K (treinador da seleção americana na época) ao recordar momentos marcantes como este: ao fim de um treino, Jordan pediu para que ele permanecesse na quadra para ajudá-lo com arremessos livres, demonstração única de humildade por um atleta de feitos históricos já naquela época.
Um exemplo de sabedoria, desafio e garra. Alguém que teve medo das dificuldades, mas as enfrentou com destreza, como todos que seguem o caminho para sentir o gosto de saber que são vitoriosos!


"Algumas pessoas querem que algo aconteça, outras desejam que aconteça, outras fazem acontecer"
                                                                                          Michael Jordan

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Lance Armstrong, A Dor é Passageira, Desistir é Para Sempre

Armstrong, que em português significa “braço forte”, não se refere apenas a sua força bruta, mas carrega também uma vontade de mudar e ajudar a todos que, assim como ele, não desistiram mesmo diante da morte.”

Desde pequeno, Lance já treinava para realizar algo maior acordando todos os dias às 04h45min da manhã para treinar na piscina perto de sua casa. Sua mãe, sabendo do potencial do filho, chegou a trabalhar em três empregos para que ele pudesse se ocupar apenas com os estudos e os esportes, após seu pai tê-los deixado.
Aos 21 anos, Lance venceu o campeonato mundial de ciclismo em estrada, e iniciou sua carreira como profissional pela Motorola. Após algumas vitórias importantes, Lance se tornou campeão pela primeira vez do Tour de France, e repetiu o triunfo no ano seguinte. No entanto, Lance, que já estava acostumado a lidar com a dor e seguir em frente nos treinos, começou a perder a visão, ter enxaquecas e a vomitar sangue e foi diagnosticado com câncer no testículo e dois tumores do tamanho de uma bola de golfe, no pulmão e no cérebro.
Numa entrevista, falando sobre sua doença, Lance disse: "Enganaste-te na pessoa ao escolheres um corpo para viver, cometeste um erro porque escolheste o meu", palavras de alguém que não se conformava com a simples idéia de desistir.
Sua equipe de corrida rescindiu o contrato, obrigando-o a vender seu Porsche e sua casa para cobrir suas despesas e mesmo na batalha contra o câncer, conseguiu encontrar forças para manter o foco nos seus objetivos e com uma expectativa de 40% de chance de sobreviver, Lance voltou a competir após terminar a quimioterapia.
 De 1999 até 2005 Lance foi campeão consecutivamente do Tour of France, quebrou o recorde e manteve seu nome na história do ciclismo. Em 2006, após declarar aposentadoria, correu a maratona de Nova York completando-a em menos de 3h, meta que havia estabelecido para si mesmo, e voltou a competir em 2008 aos 37 anos, para se aposentar das pistas em 2011 na última etapa do Tour Down Under da Austrália.
Lance também criou a "Fundação Lance Amstrong" para a luta contra o câncer, e relatou em vários livros a sua própria história, para demonstrar que é possível superar tudo desde que se tenha energia para tal. O seu primeiro livro, "It’s not about the bike", vendeu milhares de exemplares, êxito que foi repetido com a sua biografia "Vontade de Vencer – A minha corrida contra o câncer”, e hoje aproveita a vida junto a seus filhos sabendo que lutou pela vida e para vida.



 "Se fizermos tudo que somos capazes em prol dos nossos sonhos, não haverá do que se arrepender no futuro"

sábado, 16 de abril de 2011

Brad Cohen, Sendo o Professor Que Nunca Teve

“Sempre me senti diferente e incompreendido. Poucos entendiam a real razão por eu fazer o que fazia, e isso me deixava triste, solitário e sem amigos... Mas tinha uma missão em mente: ajudar todos a não se sentirem da mesma forma.”


Brad Cohen nasceu com uma síndrome chamada Tourette, isto é, uma desordem caracterizada por tiques, espasmos ou vocalizações que ocorrem repetidamente.
Quando criança, seus pais se divorciaram, o que o fez fazer barulhos e ter espasmos musculares constantemente durante horas, até chegar ao ponto de uma amiga da família sugerir um exorcismo. Por sorte, sua mãe sempre compreendeu que seu filho não fazia isso por brincadeira ou para chamar a atenção, estando sempre ao seu lado, diferentemente das outras pessoas.
Uma vez seu professor da quinta série o obrigou a andar na frente da turma e se desculpar por todos os tiques e barulhos que fazia, e prometer que não faria de novo. “Eu sempre me senti a criança deixada de lado. Eu precisava de suporte e aceitação dos meus professores e não recebia isso. Daquele dia em diante eu sabia que eu queria ser um professor. Um que poderia oferecer o suporte e estar presente para cada criança”, conta Cohen. Aos 12 anos, sua mãe o diagnosticou com a Síndrome de Tourette através de pesquisa própria, e o levou para uma reunião de um grupo de suporte a pessoas com Tourette.
Depois de formado no ensino médio, ele foi estudar na Bradley University, onde se graduou com méritos em educação primária e se mudou para Atlanta e se inscreveu em inúmeras vagas de professor e foi rejeitado 24 vezes, antes de ser contratado pela Mountain View Elementary School. No primeiro dia de aula, explicou aos alunos sobre suas condições e foi plenamente aceito por todos, ganhando sua amizade e afeição. Houve apenas um caso de um pai retirando seu filho da escola, mas pedindo para rematriculá-lo semanas depois na turma do professor Cohen.
Em 1997, ele foi condecorado com o prêmio de professor do ano e escreveu
o livro “Front of the Class: How Tourette Syndrome Made Me the Teacher I Never Had”, que recebeu o prêmio de melhor livro educacional do ano e foi retratado no cinema com o nome “Front of the Class” (O Líder da Classe).
Hoje, Brad é supervisor da escola, podendo observar se outros professores estão dando o devido respeito aos alunos, e dá palestras sobre a Síndrome de Tourette.


sábado, 9 de abril de 2011

Heloisa "Zica" de Assis, Beleza Natural

"A infelicidade com as regras impostas foi o que a motivou a andar na direção de seu futuro. Com ousadia, crença e suor, arriscou e conseguiu vencer. Pois a vida é justa quando temos um sonho e decidimos conquistá-lo. E é assim que ela chega cada dia mais longe."

Carioca de coração, criada no bairro da Tijuca, Heloisa "Zica" de Assis é uma mulher muito comum quando analisamos sua história. Filha do meio de uma família pobre de 13 irmãos, e moradora de uma favela, começou a trabalhar aos 9 anos. Entregava roupas lavadas, vendia roupas íntimas e cosméticos, e era diarista. Conta que sempre sofreu com seus cabelos no trabalho e na vida amorosa, já que queria poder tê-los soltos, mas sem precisar alisá-los, o que era reprimido por suas patroas e fazia com que os homens não se interessassem tanto por ela.
Nesse dilema entre querer agradar suas patroas e se ver feliz consigo mesma, se inscreveu num curso de cabeleireiro numa igreja perto de sua casa. Não para que isso se tornasse sua profissão, mas para se ajudar a se sentir melhor com sua aparência. Na busca de um creme ideal, conversou com fornecedores de cosméticos e conseguiu matéria prima para fazer experiências em casa. E num estudo que levou 10 anos, inventou o creme que buscava.
Na época, o único bem que sua família tinha era um fusca, e visando um futuro próspero convenceu seu marido a vendê-lo para abrirem um salão no fundo de casa. Meses após a inauguração, já se fazia fila na calçada da rua. “O salão abria às 8h da manhã, mas às 5h já tinha fila com dezenas de pessoas”, conta Zica. Num trabalho árduo, o salão caseiro foi um sucesso, até que Zica e seus sócios resolveram expandir e abriram a rede de salões Beleza Natural.
Em 2004, inauguraram a fábrica Cor Brasil Cosméticos; e em 2005, último ano em que foram divulgados os números da empresa, teve um faturamento de R$ 19 milhões. Zica, que trabalhava desde criança, tendo que deixar sempre os estudos em segundo plano, pôde começar então a sonhada faculdade, de que admite ter “perdido” algumas aulas para visitar feiras de cosméticos na Itália. Mas convenhamos: a essa altura, ela pode se dar esse luxo de vez em quando.


sábado, 2 de abril de 2011

Marc Herremans, A Sede da Vitória

“Eu era apenas mais um cara da Bélgica de 29 anos, quando, em um segundo, minha vida mudou... Durante um treino fraturei a coluna, e ouvi do médico que teria que viver para sempre em uma cadeira de rodas. Foi a partir daí que tive que pensar no que me fazia feliz antes. E era o meu sonho de ser campeão mundial de triatlo.”


Devido a seu quarto lugar no Iron Man (Triatlo mais difícil do mundo) da Austrália em 2001, Marc Herremans conseguiu manter a vaga para o torneio seguinte, no Havaí, onde ficou em sexto, e foi reconhecido pelos outros competidores como “O Adversário Mais Durão”. Como Marc só havia começado a treinar em 1998, quando tinha 25 anos (idade considerada avançada para atletas), e já havia conseguido títulos e posições importantes em competições grandes, era considerado pelos treinadores como um atleta de enorme potencial e estava sendo cogitado a disputar uma das três primeiras posições no pódio do ano seguinte.
Mas infelizmente, em 2002, todo o sonho de ser o campeão foi esmagado quando Marc caiu de um desfiladeiro enquanto treinava e fraturou sua coluna. Foi informado pelo médico de que teria que viver em uma cadeira de rodas pelo resto da vida. Mas notavelmente, três meses após o acidente, Marc se recusou em ser desencorajado e começou a treinar para competir como um atleta cadeirante.
Então foi eleito pela imprensa Belga como a personalidade do ano nos esportes e ganhou o apelido de “Mad Max” devido a sua determinação e sua garra em nunca desistir. Apenas dez meses após o seu acidente, ele participou do Iron Man no Havaí, e em 2006 ele finalmente conseguiu alcançar seu objetivo, sendo o primeiro cadeirante a cruzar a linha de chegada na competição.
Em 2003 ele iniciou uma fundação chamada “To Walk Again” (Andar De Novo), que oferece ajuda a outras pessoas com deficiência e investe em estudos com células-tronco, além de ter escrito um livro e ter ajudado nas gravações de um filme feito sobre sua vida. Hoje, quando Marc pensa em desistir, ele lembra que continua sendo aquele mesmo cara da Bélgica.



“Quando sua realidade muda, seus sonhos não precisam mudar também”
                                                                                                          Marc Herremans