sábado, 23 de julho de 2011

Bruce Lee, O Dragão Imortal

“Guerreiro incansável na sua busca pela perfeição, estudou as mais diversas distinções e variações de sua arte para se tornar cada vez melhor. Sabia que acima de tudo não poderia haver barreiras entre quem ele aprendia e quem ensinava, pois tinha certeza de que a sinergia só traria o melhor dos dois, e com esse caráter de humildade de iniciante, foi que através dos tempos sendo imortalizado como um significado mais próximo da palavra “mestre”. Esse foi Bruce Lee.”

Bruce Lee nasceu em São Francisco, Califórnia, durante uma passagem da Ópera Chinesa, da qual seus pais eram integrantes. No entanto, voltou para Hong Kong com apenas 3 meses de idade, onde cresceu e viveu até o fim de sua adolescência.
Desde cedo, Bruce treinava Tai Chi com seu pai e aos 13 começou a aprender Wing Chun com o famoso mestre Yip Man. “Bruce evoluiu muito rápido no Wing Chun, ultrapassando em pouco tempo a habilidade de muitos alunos mais antigos, pois Bruce tinha uma facilidade acima do comum para aprender e executar os movimentos ensinados pelo seu mestre” amigo de Bruce Lee. Como em muitas das escolas de artes marciais na época, os alunos eram ensinados por outros alunos mais graduados, no entanto, Bruce foi treinado pelo próprio Yip Man após alguns alunos se recusarem a treiná-lo, pelo fato de que sua mãe não era totalmente chinesa (o avô materno de Bruce era alemão e sua avó Chinesa) e a maioria dos chineses naquele tempo recusavam-se a ensinar artes marciais aos ocidentais e aos mestiços. Com isso, Bruce se beneficiou em ter os ensinamentos do mestre Yip.
Como Hong Kong, após a guerra havia diversas gangues pelas ruas, Bruce foi muitas vezes forçado a lutar contra elas. No entanto, Bruce gostava de desafios um contra um e por diversas vezes enfrentou membros dessas gangues como forma de demonstrar sua superioridade nas artes marciais, mesmo com o pedido de seus pais para que ele se afastasse desse cotidiano. E foi devido a essas constantes brigas de ruas que, na primavera de 1959, Bruce participou de uma confusão onde brigou, venceu e espancou o filho de uma temida família das Tríades e com medo, seus pais, que ficaram sabendo através da polícia que o oponente de Bruce tinha antecedentes criminais, decidiram que ele deveria deixar Hong Kong para seguir uma vida mais segura e saudável nos Estados Unidos.
Então, aos 18 anos de idade, Bruce foi para os Estados Unidos com 100 dólares no bolso e 2 títulos de campeão de Boxe de Hong Kong e depois de viver em São Francisco por vários meses, se mudou para Seattle, para continuar seus estudos, onde estudou filosofia, teatro e psicologia.
Após formado, se mudou para Oakland e fundou sua primeira escola de artes marciais e começou a dar aulas a pequenos grupos de alunos que apareciam, mas foi só no campeonato internacional de karate, aonde Bruce foi convidado a se apresentar e pode mostrar toda a sua técnica, impressionando todos ao fazer flexões de braço com apenas 2 dedos e com o famoso “soco de uma polegada” derrubando experientes faixas pretas num piscar de olhos. Com essa apresentação épica foi convidado a fazer um seriado de TV chamado “Besouro Verde” que teve pouca duração. E insatisfeito com sua carreira artística que não passava de pontas em pequenos filmes, foi a Hong Kong sem saber que seu seriado era um sucesso lá, sendo literalmente recebido como uma grande estrela e recebendo uma nova proposta de fazer um filme.
Após quebrar inúmeros recordes de bilheteria com os filmes “Dragão Chines” e “A Fúria do Dragão”, foi nas filmagens de “Operação Dragão”, aonde contra-acenava com um de seus alunos Abdul-Jabbar (de 2,18m), que após ter passado mal e ter tomado um analgésico morreu em seu apartamento devido ao remédio a ele dado.
Muito se especula sobre sua subida morte chegando a conspirações e relatos, mas uma coisa é certa, seu legado na história para sempre ficou marcado ao introduzir ao mundo ocidental a arte marcial chinesa.



"Saber não é o bastante, é preciso aplicar. Querer não é o bastante, é preciso fazer." Bruce Lee

sábado, 2 de julho de 2011

Yip Man, O Embate da Honra

"Um mestre nas artes marciais, é reconhecido no mundo inteiro. Viveu para treinar e até mesmo quando tiraram tudo que ele possuia, ainda soube manter o espirito e honra que possuia para dar continuidade ao seu caminho. Teve mais de 2 milhões de discipulos em sua vida e morreu como um eterno guerreiro na sua luta por mundo melhor. Conheçam Yip Man."


Nascido em familia abastada de Foshan, China, Yip Man nunca precisou se preocupar com dinheiro. Ainda adolescente seu Kung Fu era incoparável aos outros e foi para Hong Kong dar continuidade a seus estudos escolares.
Muito conhecido por se envolver em brigas com outros garotos para demonstrar a superioridade do seu Kung Fu, ficou sabendo de um senhor que diziam conhecer artes marciais e com isso foi conhecer tal sábio. Após se apresentar, o senhor o olhou de alto a baixo e sorriu, perguntando se ele havia treinado com o venerável Mestre Chan Wah Shun. Yip Man não quis ouvir o que o senhor dizia, pois se tivesse, teria percebido que apenas um conhecedor do estilo poderia saber esses detalhes e vendo que não havia outra alternativa, o senhor disse que Yip Man poderia ataca-lo como quisesse, que ele tentaria não machucá-lo. Enfurecido, Yip Man o atacou diversas vezes, enquanto o homem apenas esquivava de seus golpes e o jogava ao chão, até que Yip Man reconheceu sua derrota e pediu para ser seu discipulo.
Após formado na escola, Yip Man retornou a sua cidade natal e chegou a ser acusado de desertor por ter aprendido outro estilo de kung Fu que não era da sua cidade e demorou até conseguir explicar a história sobre seu novo mestre.
Anos mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, a China foi invadida pelo Japão e Yip Man viu todo seu dinheiro e casa serem confiscados e servirem de aposentos dos militares japoneses. Tendo que se sujeitar a vivier em uma casa improvisida vendendo pouco dos pertences que lhe haviam sobrado em troca de arroz, teve que se subjulgar a trabalhar nas minas de carvão para tirar o mínimo do sustento para sua esposa e filho.
Grande admirador que o Coronel japones dominante de Foshan era, constantemente convidava antigos mestres de Kung Fu chineses para enfrentar seus lutadores de karate japoneses em troca de arroz. De primeira Yip Man não aceitou devido a não querer se expor, mas seu amigo cansado da subordinação aos japoneses viu uma oportunidade de defender a honra de todos os chineses oprimidos e com isso, acabou morrendo numa batalha contra o próprio Coronel, que era um exímio lutador de karate.
Yip Man no dia seguinte vendo que seu amigo não estava lá quis saber sobre a luta e vendo que não o respondiam, pediu para participar do desafio. Assim que chegou ao lugar do embate, viu tamanha crueldade realizada com seu povo que mais se assimilava ao próprio coliseu.
E numa ira apenas descrita como sanguinária, Yip Man desafiou 10 feixas pretas de karate de uma única vez, causando uma euforia entre os que assistiam, tanto chineses e japoneses. Após um embate surpreendente, onde demonstrou todo seu Kung Fu, Yip Man foi vitorioso causando grande admiração do Coronel que ordenou que ele retornasse.
O Coronel vendo que conforme os dias se passavem e Yip Man não retornava ordenou que o caçassem por toda Foshan, chegando a oprimir velhos operarios de uma fabrica onde Yip Man podia estar escondido. Não vendo alternativa, Yip Man se apresentou ao Coronel que declarou uma luta entre os dois em "prol de um convivio melhor entre os chineses e os japoneses".
Na batalha entre mestres de duas artes distintas que se interligavam na sua força e precisão, o povo chines pode ver a esperança surgir para eles durante todos aqueles anos de ocupação quando Yip Man não só derrotou o Coronel, mas como lutou para seu povo.
Enfurecido com a derrota, um dos japoneses atirou no Yip Man causando um rebelião entre os chineses dando a oportunidade de transportar com segurança Yip Man ferido e sua familia para Hong Kong, onde viveram escondidos até o final da ocupação japonesa.
Yip Man então abriu sua escola de artes marciais e viveu em prol de difundir seu estilo de kung Fu, o Wing Chun. Foi mestre de mais de 2 milhões de chineses e dentre seus melhores disciplos estava o inegualável Bruce Lee, que foi seu próximo amigo até o fim de sua vida.


"simplicidade é beleza e as coisas mais simples da vida são eventualmente as melhores"