“As adversidades do mundo não podiam mudar quem ele realmente era ou o que queria fazer. Transmitir sua mensagem através do riso e alegria era mais importante para ele do que qualquer outra coisa. Ele é e sempre será o grande Charles Chaplin.”
Nascido em 1889 na Inglaterra, seus pais eram artistas de music-hall e lhe ensinaram a cantar e se apresentar em peças teatrais quando muito novo. No entanto, após a separação deles, Chaplin começou a peregrinar com seu meio irmão. Moraram com sua mãe, que estava cada vez mais instável emocionalmente, com seu pai, que era alcoólatra, e em diversas escolas para crianças pobres em Londres, até terem sido atraídos ao mundo teatral, onde provaram ter um grande talento.
Após trabalhar com papéis secundários durante anos, foi em sua segunda turnê nos EUA que resolveu permanecer por lá, recebendo mais tarde uma oferta de interpretar em um filme. O problema era que Chaplin encontrou muita dificuldade de adaptação nas filmagens e chegou a ser considerado um grande erro pelos diretores. No entanto, por mais incrível que tenha sido para todos, seus filmes tiveram tanto sucesso que ele se tornou uma das maiores estrelas da produtora.
Foi nessa onda de criatividade e aprendizado que criou seu personagem mais famoso, Carlitos, um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, que aparece sempre vestindo um paletó apertado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número. Devido à quantidade de imigrantes chegando aos EUA que não sabiam falar a língua inglesa, seu nome foi emergindo mais no cenário cinematográfico com seus filmes mudos, na maioria produzidos por ele mesmo.
Chaplin nunca explicou detalhadamente seus métodos de filmagem a ninguém, alegando que tal coisa seria o mesmo que um mágico revelar seus truques, mas sabe-se que era um diretor extremamente exigente, mostrando a seus atores exatamente como eles deveriam atuar e filmando dezenas de tomadas até conseguir a cena que ele queria. “Meu pai dizia ter visto Chaplin filmar uma cena mais de cem vezes até ficar satisfeito”, conta o animador Chuck Jones, que morava perto do estúdio de Chaplin quando era garoto.
Usando de sua grande influência e dos filmes como meio de comunicação, fez campanha anti-nazista com o filme “O Grande Ditador” (isso numa época em que os EUA fazia política de neutralidade). Mas devido ao seu posicionamento esquerdista, após a guerra sofreu grandes perseguições do governo americano querendo explicações sobre a possibilidade de ele fazer propaganda comunista em seus filmes. Por fim, isto o fez decidir morar na Europa até vir a falecer aos 88 anos.
Com um currículo de mais de 90 filmes feitos como ator e mais de 15 como diretor, Chaplin ainda disputou a grande final de xadez com o campeão americano, teve 11 filhos, e até há rumores de que ele próprio participou uma vez de um concurso de imitadores de Charlie Chaplin, e acabou ficando em 3º lugar. Passados mais de 30 anos de sua morte, seu personagem “Carlitos” é provavelmente o mais imitado em todos os níveis de entretenimento, e seus poemas e filmes se perpetuam até hoje. Uma marca de alguém que só queria fazer o bem.
"Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível." Charles Chaplin
Nenhum comentário:
Postar um comentário