sábado, 4 de junho de 2011

Muhammad Ali, A Igualdade Dentro Dos Ringues

“O atleta mais criticado dos anos 60... se tornou no herói nos anos 70! Acusado de “antiamericano” em 1967, foi convidado para ir à Casa Branca em 1974! Cassius Clay, nome com o qual conquistou uma medalha olímpica, é conhecido até hoje por Muhammad Ali.”


Para muitos o melhor pugilista de todos os tempos, Cassius foi mundialmente conhecido não somente pela sua maneira de boxear, mas também pelas suas fortes posições políticas. Garoto pobre, nascido em Kentucky (EUA), começou a lutar boxe aos 12 anos por incentivo de um amigo que era da polícia. Teve sua primeira luta profissional contra Tunney Hunsaker, onde demonstrou uma incrível rapidez com as mãos e os pés, considerando-se que sua estatura era de 1,88m e seu peso de 85 quilos. Com um estilo de luta incomum, que ele mesmo definia como "flutuar como uma borboleta e picar como uma abelha", recebeu o apelido de “O Bailarino do Ringue”.
Aos 22 anos atingiu uma popularidade inigualável devido à forma com que promovia suas lutas e exaltava as próprias habilidades, utilizando humor para criar rivalidades e inimigos. Cassius disputou seu primeiro título nacional em uma luta extremamente difícil e que exigia grande garra, saindo vitorioso no sexto round. No entanto, pouco tempo depois se converteu ao Islã e grande parte de seus fãs foi contra sua decisão. Com a popularidade abalada, seus empresários promoveram uma revanche onde Cassius, então renomeado como Muhammad Ali, terminou com um nocaute no primeiro round e emplacou seu nome na história do boxe.
Ali defendeu seu título por sete vezes com sucesso, perdendo apenas para o seu novo rival, o governo americano. Devido ao início da guerra do Vietnã, tentaram obrigá-lo a se alistar, o que foi recusado devido a seus princípios religiosos. Por isso foi sentenciado à prisão por cinco anos (dos quais cumpriu alguns meses), a pagar uma multa de 10 mil dólares, e foram retirados sua licença para lutar e seu título.
Afastado do ringue por três anos até recuperar sua licença para retornar, Ali voltou com mais sede do que antes, derrotando inúmeros oponentes, e chegou até a agüentar doze assaltos com o maxilar quebrado! Maior exemplo dessa garra única foi sua vitória contra o grandioso George Foreman no Zaire, numa luta épica que chegou a ser retratada nos cinemas com o nome de “Quando Éramos Reis”. Com inteligência e astúcia, Ali se pôs como o lutador da África que enfrentava a alienação americana. Grande personalidade dentro e fora dos ringues, sempre foi um forte ativista contra o racismo, denunciando-o sempre que pôde. Há até uma lenda urbana que diz que Ali jogou sua medalha olímpica em um rio no estado de Ohio após ter sua entrada barrada em um restaurante apenas para brancos.
Com um cartel composto por 56 vitórias, Ali descobriu que sofria de Mal de Parkinson em 1984, e é com este adversário que luta até hoje. Permanece engajado em suas atividades humanitárias ao redor do mundo e chegou a ser indicado ao prêmio Nobel da Paz em 2007. Ali foi eleito "O Desportista do Século" pela revista americana Sports Illustrated em 1999.



"Campeões não são feitos em academias. Campeões são feitos de algo que eles têm profundamente dentro de si - um desejo, um sonho, uma visão" Muhammad Ali

Um comentário:

  1. Obrigado amigo Matheus pelo comentário em meu blog e parabêns pelo lindo blog que vc possui, abraços
    Paulo Tisi

    ResponderExcluir