sábado, 25 de junho de 2011

Sylvester Stallone, Determinação e Superação

"O retrato da superação e luta contra um destino que rema contra sua vontade. Não só inspirou sua geração, como até hoje é um ícone da determinação de um homem com uma chance nas mãos. Conheçam a história de Sylvester Stallone e a criação de seu personagem mais famoso, Rocky Balboa."

Nascido em Nova York, possui como suas marcas registradas, seus olhos caídos e sua voz grave, resultados de um nervo que foi danificado durante o parto. Essas anormalidades, unidas ao seu nome, fizeram com que tivesse dificuldades durante sua infância. Expulso de quatorze escolas quando tinha quinze anos, finalmente chegou à Devereaux Manor, uma escola particular para jovens problemáticos na Pensilvânia. No entanto, sua fraca performance acadêmica Ihe deixou com poucas opções de faculdade e como era muito jovem para se alistar na marinha, Stallone entrou numa escola de beleza. Rapidamente, descobriu que tinha poucas habilidades para pentear cabelos e conseguiu uma bolsa de estudos para um colégio americano na Suíça, onde ele pagava suas aulas de arte dramática ensinando educação física às garotas.
Após voltar ao EUA, entrou para o departamento de artes dramáticas da Universidade de Miami, mas infelizmente seus professores tentaram desencorajá-lo da carreira de ator. Mas ele não se convenceu e, um pouco antes de se formar, desistiu e foi para Nova York. Vivendo em pequeno apartamento, onde descrito pelo prórpio Stallone, dava para fechar a porta e abrir a janela ao mesmo tempo sentado na cama. Passava horas escrevendo roteiros e ideias que surgiam em sua mente, mas um tema em especial se fixava na sua cabeça o que acabava por sempre voltar nas suas histórias, que era "sonhos não realizados". "Acho que é um dos temas mais permanentes e uma das passagens mais difícies para as pessoas aceitarem." Conta Stallone em uma entrevista.
Em uma luta de Muhammad Ali contra Chuck Wepner, Stallone, que é grande fã de lutas, estava na plateia e viu algo que ninguém, acreditou. Chuck, um desconhecido e dado como "peso morto" numa luta contra o incrível Ali, o derrubou. Não foi vitorioso na luta, mas inspirou Stallone a criar uma nova história, de um lutador que não tinha muito do que se orgulhar na vida, estava acostumado a ser deixado de lado, mas teve a chance de enfrentar o melhor dos melhores e soube aproveitar cada segundo disso. Nascia então Rocky Balboa.
Com um roteiro nas mãos faltava um produtor, e em uma das inúmeras audições que Sylvester tentava, ao sair, falou para os produtores da peça que também escrevia e eles disseram "Então volta outro dia e nos mostra o que vc tem. Vendo um potencial no roteiro, quiseram comprar de Stallone, que recusou de primeira. "Começou com 20 mil, depois foi para 50 mil, mais tarde 100 mil... Mas eu sabia que se não atuasse no filme e ele fizesse sucesso eu me jogaria da ponte no primeiro instante." Conta Stallone.
Irredutivel quanto a atuar no filme, fechou com os produtores e iniciou a procura de outros atores para contracenar e numa audição com um cara metido a durão, disse para os produtores que se ele pudesse fazer a audição com um ator de verdade seria melhor (ele fez a audição com o próprio Stallone) e os produtores disseram que a pessoa que ele tinha feito a audição interpretária o papel principal e ele respondeu -"Talvez o Stallone melhore com o tempo." Com esse tipo de atitude, o papel de Apolo Creed havia sido preenchido.
Ao longo das filmagens foram inúmeros contratempos que surgiram, sem contar o baixo orçamento que eles possuiam para a produção, mas com a cabeça erguida e a esperança de que seria um sucesso fez com que Stallone sempre soubesse olhar pra frente e seguir o principal tema que seu personagem pregava, lutar a qualquer custo pelo seu sonho.
Ao final das filmagens, em sua noite de estreia, tudo parecia ser horrivel, ninguém ria quando era para rir, ou chorava quando era para chorar e ao fim do filme já não tinha mais ninguém no lugar e Stallone ficou sentado cabisbaixo ,com sua mãe ao seu lado, pensando - foi bom em quanto durou. Mas ao descer as escadas viu que todos estavam lá o esperando e aplaudindo e foi nesse momento que ele sobe que sua luta não tinha sido em vão e havia futuro para tudo.
Com um curriculo de mais de 50 filmes que atuou e/ ou dirigiu, sem dúvida surpreendeu todos aqueles que duvidaram daquele homem de fala esquisita e com cara de brigão.
   


"Eu acho que a gravidade age sobre tudo, incluindo as carreiras, mas os pêndulos balançam e as montanhas se tornam vales depois de um tempo... se você continuar caminhando." Sylvester Stallone

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Comercial Projeto Superar

Estreia hoje, 24/06/11, o novo comercial do Projeto Superar criado junto ao designer Victor Arantes.
Agradeço a todos os leitores que vem acompanhando o Blog e ajudado a divulga-lo.


sábado, 18 de junho de 2011

Coach Carter, Alma de Herói

“Pressionado entre fazer o certo e agradar uma população acostumada a derrota na vida. Soube manter seus preceitos e honra acima de ego e vaidade. E mesmo quando o mundo parecia estar contra sua vontade, sua vitória veio com maior garra, transformando vidas a partir da sua paixão. Seu nome é Ken Carter.”

 
Procurado para treinar a equipe de basquete escolar da escola Richmond, aceitou no primeiro instante sabendo que poderia trazer algo a mais para completar na vida daqueles adolescentes. Algo que conquistou no passado, quando foi campeão pela mesma escola.
Era o ano de 1999 e foi com grande expectativa que se esperava o novo treinador, que traria o mesmo brilho que sua equipe havia vivido na escola. No entanto, no seu primeiro dia de treino, trouxe em suas mãos contratos redigidos por ele, aonde constavam coisas como: “Em dia de jogo, usar camisa social e gravata.”, “Ter a média mínima para poder se candidatar a uma bolsa de estudos na universidade”, entre outras coisas. Injuriados com esse tipo de tratamento, muitos desistiram e saíram do time, dentre eles até o melhor ladrão de bola da temporada anterior. Mas com a frieza da certeza no que estava fazendo, iniciou os treinos e exigiu de sua equipe o máximo deles, até de seu filho, que pediu transferência escolar, por vontade própria, para ser treinado por seu pai.
Ganhando todas as partidas que enfrentaram no campeonato regional, comemoram a vitória, até que Carter ter sua maior decepção... Sua equipe vitoriosa tinha mais da metade dos integrantes com notas muito abaixo da média, quase ao ponto de repetirem.

Nós falhamos como uma equipe, eu falhei com vocês” Carter disse aos alunos no treino seguinte.

Com isso fechou as portas da quadra, iniciou um novo projeto juntos aos outros professores e disse que só voltariam a jogar no estadual assim que todos os atletas estivessem dentro da média.
Repercutido por todos os jornais, sua atitude foi levada a corte escolar e a comissão de diretores votaram sobre a decisão de manter ou demitir Carter de seu posto. Com a maioria dos votos, Carter foi demitido.
No entanto, quando foi buscar seus pertences no dia seguinte viu não só seus alunos na quadras, mas seus professores e diretora, ensinando e mantendo as palavras do contrato. Com isso Carter foi reintegrado na escola e continuou treinando a equipe ao longo da temporada, perdendo apenas os dois jogos iniciais, que foi o tempo necessário para todos conseguirem as notas mínimas.
Ao final daquele ano, inúmeros atletas da equipe haviam conseguido uma bolsa de estudos em universidades e sua história foi retratada no filme “Coach Carter – Treino Para a Vida” com Samuel L. Jackson interpretando Carter.
Hoje Carter, além de dar palestras, ser empresário e ativista educacional, fundou uma escola que ele diz “prepara os alunos para a vida”.

 
"Qual é o teu maior medo?

O nosso maior medo não é sermos inadequados.
O nosso maior medo é sermos infinitamente poderosos.
É a nossa própria luz, não a nossa escuridão, que nos amedronta. 
Sermos pequenos não engrandece o mundo.
Não há nada de transcendente em sermos pequenos, pois assim os outros não se sentirão inseguros
ao nosso lado.
Todos estamos destinados a brilhar, como as crianças.
Não apenas alguns de nós, mas todos.
E, enquanto irradiamos a nossa admirável luz interior, inconscientemente estamos a permitir aos outros fazer o mesmo.
E, quando nos libertarmos dos nossos próprios medos, a nossa presença automaticamente libertará os medos dos outros."


sábado, 11 de junho de 2011

Pixar, A Magia Dos Cinemas

"Criada com a vontade única de criar uma magia que se perpetuasse ao longo de eras, foi percursora na sua arte, e por isso teve  que enfrentar visões discordantes de uma geração anterior. Mas utilizando um segredo, soube ter sucesso e encantar milhões de pessoas ao redor do mundo. Esse segredo é "Amor Pelo Que  Se Faz", e essa é a história da Pixar Animation!" 


Fundada a partir de  três pessoas-chaves, John Lasseter, Ed Catmull e Steve Jobs, a empresa iniciou seus trabalhos como uma divisão da empresa Lucasfilm (de George Lucas), colaborando na criação de efeitos especiais para filmes. Apesar de nunca ter atuado  no mercado de cinema, Steve Jobs, que havia acabado de ser demitido da Apple (que ele mesmo havia ajudado a fundar), decidiu comprar a divisão da empresa de George e rebatizá-la de Pixar, que até então se chamava Graphic Group (devido aos últimos sucessos da Lucasfilm, sua venda foi descrita pela revista Total Film como a 6º "decisão mais idiota na história do cinema").
A Pixar começou a fazer curta-metragens e comerciais utilizando animações 3D, o que era uma coisa exclusivamente nova na época, e chegaram a ganhar inúmeros prêmios pelas suas criações. No entanto, não conseguia muita receita e começava a ter sérios problemas financeiros, chegando a receber um aporte de U$ 10 milhões de Steve Jobs para não falir. Nessa transição de animação 2D para 3D, a Pixar resolveu fazer o que nunca havia sido feito antes, e criar um filme de mais de 1 hora apenas com animação 3D, e buscou a Disney para parceria no marketing e distribuição. Após meses de trabalho, quando o projeto foi apresentado a executivos, eles rejeitaram por ser completamente distorcido dos valores da Disney. Por pouco não cancelaram a produção, mas conseguiram um pequeno prazo para reescrever toda a história. Com a grande capacidade de liderança de John Lasseter, conseguiram refazer tudo em tempo recorde e apresentar novamente para os executivos da Disney a produção que seria nomeada como "Toy Story".
Sem saber ao certo como seria a bilheteria e a aceitação do público, Toy Story foi lançado na época de férias escolares e foi um sucesso por onde passou, recebeu três indicações ao Oscar, faturou US$ 361 milhões, e hoje há até uma cópia do filme na biblioteca nacional americana por ser considerado um marco na história do mundo, que merece ser lembrado por gerações, e fez a Pixar finalmente "respirar" em relação a suas finanças e acreditar que tudo poderia realmente dar certo.
Assim que terminou a comemoração pelo sucesso de Toy Story, começou então outra época de preocupação. "Será que conseguiríamos fazer outro filme de sucesso?", John Lasseter se perguntava. Através de trabalhos de campo e pesquisa nos próprios jardins das instalações da Pixar, iniciaram um projeto para o filme "Vida de Inseto", que seria mais arrojado que o anterior, pois seria feita a inserção de inúmeros detalhes e maior quantidade de personagens em uma única cena. Lançado em 1998, foi outro sucesso de bilheteria, ganhando maior afinidade das pessoas e emplacando de vez o nome da Pixar no cenário cinematográfico.
Ao longo dos anos a Pixar já lançou 11 filmes, sendo todos eles sucessos de bilheteria ao redor do mundo, com a mesma magia que nos encantou com o primeiro Toy Story, e não demonstra nem de longe sinal de parar tão cedo.


"Três coisas compõem um filme de sucesso: História envolvente, que mantenha o espectador vidrado na tela, querendo pular para dentro da história; Personagens memoráveis e altamente interessantes; E uma história e personagens habitando um mundo acreditável, não realístico, mas que faça sentido para essa composição"" John Lasseter

sábado, 4 de junho de 2011

Muhammad Ali, A Igualdade Dentro Dos Ringues

“O atleta mais criticado dos anos 60... se tornou no herói nos anos 70! Acusado de “antiamericano” em 1967, foi convidado para ir à Casa Branca em 1974! Cassius Clay, nome com o qual conquistou uma medalha olímpica, é conhecido até hoje por Muhammad Ali.”


Para muitos o melhor pugilista de todos os tempos, Cassius foi mundialmente conhecido não somente pela sua maneira de boxear, mas também pelas suas fortes posições políticas. Garoto pobre, nascido em Kentucky (EUA), começou a lutar boxe aos 12 anos por incentivo de um amigo que era da polícia. Teve sua primeira luta profissional contra Tunney Hunsaker, onde demonstrou uma incrível rapidez com as mãos e os pés, considerando-se que sua estatura era de 1,88m e seu peso de 85 quilos. Com um estilo de luta incomum, que ele mesmo definia como "flutuar como uma borboleta e picar como uma abelha", recebeu o apelido de “O Bailarino do Ringue”.
Aos 22 anos atingiu uma popularidade inigualável devido à forma com que promovia suas lutas e exaltava as próprias habilidades, utilizando humor para criar rivalidades e inimigos. Cassius disputou seu primeiro título nacional em uma luta extremamente difícil e que exigia grande garra, saindo vitorioso no sexto round. No entanto, pouco tempo depois se converteu ao Islã e grande parte de seus fãs foi contra sua decisão. Com a popularidade abalada, seus empresários promoveram uma revanche onde Cassius, então renomeado como Muhammad Ali, terminou com um nocaute no primeiro round e emplacou seu nome na história do boxe.
Ali defendeu seu título por sete vezes com sucesso, perdendo apenas para o seu novo rival, o governo americano. Devido ao início da guerra do Vietnã, tentaram obrigá-lo a se alistar, o que foi recusado devido a seus princípios religiosos. Por isso foi sentenciado à prisão por cinco anos (dos quais cumpriu alguns meses), a pagar uma multa de 10 mil dólares, e foram retirados sua licença para lutar e seu título.
Afastado do ringue por três anos até recuperar sua licença para retornar, Ali voltou com mais sede do que antes, derrotando inúmeros oponentes, e chegou até a agüentar doze assaltos com o maxilar quebrado! Maior exemplo dessa garra única foi sua vitória contra o grandioso George Foreman no Zaire, numa luta épica que chegou a ser retratada nos cinemas com o nome de “Quando Éramos Reis”. Com inteligência e astúcia, Ali se pôs como o lutador da África que enfrentava a alienação americana. Grande personalidade dentro e fora dos ringues, sempre foi um forte ativista contra o racismo, denunciando-o sempre que pôde. Há até uma lenda urbana que diz que Ali jogou sua medalha olímpica em um rio no estado de Ohio após ter sua entrada barrada em um restaurante apenas para brancos.
Com um cartel composto por 56 vitórias, Ali descobriu que sofria de Mal de Parkinson em 1984, e é com este adversário que luta até hoje. Permanece engajado em suas atividades humanitárias ao redor do mundo e chegou a ser indicado ao prêmio Nobel da Paz em 2007. Ali foi eleito "O Desportista do Século" pela revista americana Sports Illustrated em 1999.



"Campeões não são feitos em academias. Campeões são feitos de algo que eles têm profundamente dentro de si - um desejo, um sonho, uma visão" Muhammad Ali